14 janeiro 2011

Dislexia

Cerca de 5% das crianças portuguesas são afectadas pela dislexia, conclui um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Foram testadas 1460 crianças dos distritos de Vila Real e Braga e destas 5,4% demonstraram prevalência da dislexia, corporizada por dificuldades em ler e escrever, problemas de velocidade de processamento e défices de memória verbal. A dislexia não tem cura, mas as suas manifestações podem ser atenuadas ou até mesmo suprimidas pela reeducação.
É uma problemática caracterizada por uma perturbação da linguagem que se manifesta na dificuldade de aprendizagem da leitura e da escrita, em consequência de atrasos de maturação que afectam o estabelecimento de ligações espacio-temporais, a área motora, a capacidade de discriminação perceptivo-espacial, os processos simbólicos, a atenção, a capacidade numérica e ou a competência social e pessoal.
(Torres & Fernandez)
Esteja atento aos sintomas mais comuns:
Pré-disléxicos (4/6 anos)
- Alterações ao nível da linguagem;
- Atraso na estrutura e conhecimento do esquema corporal;
- Dificuldade para os exercícios sensório-perceptivos.

Disléxicos (6/9 anos)
- Expressão pobre e dificuldade em aprender vocábulos novos;
- Alterações nas letras, sílabas e palavras;
- Falta de ritmo, lentidão, hesitações e pontuação não respeitada, respiração sincrónica, leitura sincopada e leitura mecânica não compreensível.
Os professores como intervenientes mais directos devem auxiliar.
Sugestões: 
- Atenção mais individualizada;
- Valorizar a oralidade em detrimento da escrita;
- Não penalizar os erros em demasia;
- Evitar dar textos muito longos, dar preferência a textos com linhas separadas e espaçadas;
- Fazer uma lista de erros persistentes e escolher poucas palavras para a correcção;
- Dar muito reforço positivo;
- Evitar a comparação com as outras crianças e situações em que tenha de ler em voz alta diante dos colegas.

A intervenção e reeducação é de extrema importância para o sucesso escolar dos alunos que apresentam esta problemática.

Sem comentários:

Enviar um comentário