31 janeiro 2011

Não quero ir à escola!

Geralmente, ir à escola, é um momento agradável para as crianças pequenas. Infelizmente, para outros isso representa medo ou pânico, muitas vezes com dimensões que levam as crianças a fingir que estão doentes para ficarem em casa.
 Nestes casos, as crianças usualmente, queixam-se de dores de cabeça, de garganta ou do estômago, exactamente na hora de ir para a escola. A “enfermidade” melhora quando se permite que fique em casa, mas reaparece na manhã seguinte antes de ir à escola. Em alguns casos, as crianças negam-se por completo em sair de casa. O negar a ir à escola aparece geralmente depois de um período em casa na companhia da mãe, por exemplo, depois das férias, dos dias de festa, ou depois de uma breve enfermidade.

Com frequência, as crianças entre os cinco e os dez anos de idade que se comportam desta maneira, sofrem de um pavor paralisante por ter que deixar a segurança da família e de casa. É muito difícil para os pais fazer frente a este pânico infantil, mas esses temores podem tratar-se com êxito, com ou sem ajuda profissional. Tudo dependerá do grau de temor que a criança tenha. Se os pais notam que pode ser algo passageiro, então devem insistir em levar que tudo passará. Caso a situação se mantenha devem esclarecer junto dos profissionais da escola de que nada se passou que possa justificar o comportamento do seu filho, converse com o seu filho e tente percebê-lo, se manifestar razões injustificadas não colabore e persista na sua frequência diária na escola.

Crianças inseguras... não só na escola!

As crianças que têm um medo irracional da escola podem sentir-se inseguras  noutros ambientes,  podem demonstrar um comportamento de apego aos seus pais exagerado, e inclusive  passarem a ser sombra  dos pais, ou seja, manifestam angústia sempre que estes não estão presentes, deste modo deixam de socializar para se manterem junto a eles. Estes medos são comuns em crianças com a chamada “desordem de ansiedade”. As crianças têm dificuldade para dormir, um medo exagerado e um temor irreal a animais, monstros, ladrões ou do escuro.
As potenciais consequências a longo prazo podem ser muito sérias para uma criança com medos persistentes se não receberem atenção profissional. A criança pode desenvolver sérios problemas escolares e sociais ao deixar de conviver por muito tempo.

A autonomia e independência é fundamental para um desenvolvimento pessoal e social adequado.

28 janeiro 2011

Filhos do Coração

Era uma noite como outra qualquer.
A Luena estava sentada no chão a folhear o álbum de família. Os irmãos brincavam na sala com o Rafa e o Manecas, o cão e o gato lá de casa que, sendo os melhores amigos, às vezes pareciam os piores inimigos.
De repente, o silêncio foi interrompido pela curiosidade de uma menina de cinco anos.
— Mãe… como é que eu nasci? Porque é que não há fotografias minhas em bebé aqui no álbum?
A mãe percebeu que aquela, afinal, ia ser uma noite muito especial. Levantou-se do sofá e foi sentar-se ao lado da filha.
— Vou contar-te a história mais bonita do mundo e a mais especial, porque é a tua história. Sabes como nascem os bebés?
— Nascem de repolhos grandes! — exclamou o Manuel.
— Não é nada… chegam no bico das cegonhas! — contrapôs o Jorge.
Maria desatou a rir e avançou com a sabedoria de quem acredita que domina o mundo do alto dos seus dez anos:
— Os bebés nascem das barrigas das mães! O pai põe uma sementinha num ovo que a mãe tem dentro da barriga e, depois, a barriga começa a crescer, a crescer, a crescer e, nove meses depois, nascem os bebés!
— Nem todos — interrompeu a mãe —, alguns filhos nascem nos corações!
Nesse momento até as certezas da Maria, a irmã mais velha, desapareceram.
Curiosos, os irmãos aproximaram-se da mãe, prontos para ouvir esta história que, como todas as histórias importantes, começa com um…
— Era uma vez… — disse o pai da Luena que acabara de entrar na sala.
— …um coração que engravidou de amor — acrescentou a mãe.
— Os corações também engravidam? — interrompeu a Luena curiosa.
— Claro que sim! Esse coração, tal como as barrigas das mães, cresceu tanto, tanto, tanto, que se apaixonou por uma menina cor de canela e de trancinhas no cabelo que escolheu fazer parte desta família — respondeu o pai emocionado.
— Sabes Luena… há várias maneiras de criar uma família, mas o importante é o amor que une as pessoas dessa família, porque as famílias são para sempre — concluiu a mãe.
— Mesmo quando se zangam? — perguntou o Manuel.
— Claro… não vês que, apesar de se zangarem, o Rafa e o Manecas adoram-se e não conseguem viver um sem o outro? — lembrou a mãe.
A Luena ouvia em silêncio com muita atenção mas, quanto mais lhe explicavam, menos conseguia entender. Pegou na mão da mãe, obrigando-a a fixar o olhar no seu, que suplicava por mais esclarecimentos.
— Então como é que eu cheguei ao teu coração grávido, mãe?
— Já vais perceber… mas, o mais importante é que estás cá dentro, no nosso coração, como todos os teus irmãos.
Pelo olhar perdido da Luena, todos conseguiram imaginar a confusão que reinava na sua cabeça. O pai avançou com mais explicações:
— Sabes Luena, existem muitos lugares no mundo onde os pais não têm condições para criar os filhos…
— …e, por isso, têm que deixá-los em instituições como aquela no Gana, em África, onde nós te vimos pela primeira vez — acrescentou a mãe.
— E nesses lugares existem muitos meninos como eu, mamã? — perguntou a Luena.
A resposta chegou pela mão da irmã mais velha, a quem os dez anos davam direito legítimo a uma resposta sempre na ponta da língua:
— Espalhados pelo mundo, existem meninos de todas as raças e cores que precisam de pais, porque os seus pais da barriga não puderam cuidar deles como eles mereciam.
«Raças» era uma palavra difícil para os irmãos mais novos. O Manuel sabia que era preciso perguntar para conseguir aprender e, por isso, não hesitou:
— O que são raças, papá?
— Raças são características diferentes dos meninos que nascem em todas as partes do mundo: em Portugal, no Gana, na China…
À Luena nunca lhe tinha ocorrido perguntar porque é que a sua cor de pele era diferente da dos seus irmãos… afinal somos todos diferentes uns dos outros! Há crianças gordas, magras, altas, baixas, meninos de olhos azuis e outros de olhos castanhos. A cor da sua pele fora sempre aquela, portanto era uma característica sua.
Ela também sabe que o que é realmente importante sente-se com o coração. E o seu coração traquina dizia-lhe que o importante é o amor que une as famílias e o sentimento de segurança que os filhos têm junto dos pais.
— Ao ver-te pela primeira vez, o nosso coração cresceu tanto, tanto, tanto, que se apaixonou e, desde esse momento, a nossa vida deixou de fazer sentido sem ti — revelou a mãe com ternura.
A Luena ficou em silêncio a saborear o olhar apaixonado dos pais e a pensar em todas as crianças que não têm uma família.
Imaginou os meninos que não pertencem a ninguém e que adormecem à noite sem ter os pais ao seu lado para lhes contarem uma história. Imaginou como deve ser difícil não receber um beijo da mãe todas as manhãs. Imaginou como se devem sentir sozinhas as crianças que estão à espera de conhecer os seus pais do coração…
Espontaneamente correu e abraçou os seus pais com toda a força que conseguiu, numa tentativa desesperada de lhes fazer sentir todo o amor que tem por eles.
— Que bom que é ter uma família! — exclamou feliz.
E a sabedoria dos dez anos da Maria traduziu-se numa verdade simples que, no coração, todos sentem como uma certeza:
— Luena… a nossa família não seria a mesma sem ti…
— É verdade Luena, estamos muito felizes por termos uma irmã como tu — acrescentou o Jorge.
— Papá, e o que acontece às outras crianças que ainda não tem uma família? — perguntou o Manuel.
— Estão à espera de encontrar corações apaixonados que engravidem de amor e consigam formar uma família como a nossa — explicou o pai.
— Sabem que às vezes isso acontece muito depressa, mas outras, demora mais tempo. Porém o mais importante é que, no final de tudo, encontrem uma família… e de certeza que isso acaba por suceder! — concluiu a mãe.
A Luena ficou tranquila com as palavras da mãe em relação aos outros meninos que ainda se encontram a viver em instituições. Contudo, uma dúvida insistia em formar a covinha que aparecia na sua bochecha esquerda sempre que algo a preocupava:
— Mamã… mas como é que esses pais que engravidam do coração conseguem escolher uns meninos e deixar lá outros?
— Na verdade, filhota — explicou a mãe orgulhosa da sensibilidade da filha —, esses pais não escolhem os filhos… mesmo que não percebam, eles é que são os escolhidos. Um coração só engravida quando se apaixona, por isso é que pouco importa se os filhos nascem da barriga das mães ou dos seus corações. O amor só pode ser um laço natural… porque ninguém nos pode obrigar a amar!
— Tu, por exemplo, — continuou o pai – escolheste-nos no dia em que te conhecemos e, depois de nos conquistares, deixaste-nos amar-te. As fotografias que te faltam aí no álbum não são importantes, porque a nossa história de amor começou mais tarde, e nem todas as histórias de amor tem de começar numa maternidade.
— Se pensares bem, filhota — acrescentou a mãe —, não há fotografias de todos os momentos felizes que passámos juntos, porque alguns desses momentos guardámo-los cá dentro do coração, que é o melhor álbum da nossa vida!
O Manuel e o Jorge começavam a dar os primeiros sinais de cansaço com um bocejo traiçoeiro. A Maria, a quem a vida naquela noite até tinha conseguido ensinar qualquer coisa nova, foi contagiada e abriu a boca, denunciando a chegada da hora de dormir.
— Meninos, vamos para a cama! Hoje já ouviram uma linda história, que vos deu muito em que pensar! — exclamou o pai divertido.
A mãe levantou-se e distribuiu as crianças pelos quartos, ao ritmo de mimos e beijos de boas-noites. Quando chegou perto da cama da Luena reparou que a covinha da bochecha voltara a ficar visível.
— Mamã… ainda existem muitas famílias à espera de serem escolhidas por essas crianças? — perguntou-lhe a filha.
— Algumas, meu amor… — disse a mãe tentando tranquilizá-la — …mas não te preocupes, porque todas essas crianças vão, de certeza, escolher uma família como a nossa para serem muito felizes.
Aos poucos, a covinha foi desaparecendo. A Luena fechou os olhos, rendendo-se a um sono descansado, e começou a sonhar com um mundo cor-de-rosa, com pinceladas de muitas outras cores alegres e vivas que pintam a realidade de uma menina traquina de cinco anos.
A mãe inclinou-se e beijou o rosto daquela filha especial, que tinha trazido um brilhante arco-íris à sua vida. Depois, afastou-se em silêncio e ficou a pensar que, se todas as famílias soubessem quão maravilhosas e completas se podem tornar as suas vidas quando os seus corações engravidam, de certeza que as instituições do mundo ficariam vazias de crianças e as suas casas cheias de amor.
Alexandra Borges; Luís Figo; Ana Cardoso
Filhos do Coração – A adopção explicada a pais e filhos
Lisboa, Bertrand Editora Lda., 2007

Fonte: http://historiasparaosmaispequeninos.wordpress.com

20 janeiro 2011

O ciúme e os irmãos

É muito comum numa família, à chegada de um irmão ou irmã as crianças sentirem ciúmes. O ciúme ao contrário do que muitos de nós pensamos não é um defeito, é sim uma emoção difícil de se lidar, é um sentimento de exclusão e inveja, doloroso. Para as crianças ainda se torna mais complicado, têm mais dificuldade em entender os seus sentimentos e menos controle sobre eles, deste modo, lidam por vezes de uma maneira desajustada. Neste caso, entre irmãos, é uma ambivalência de sentimentos, porque ao mesmo tempo que gostam e querem ser amigos, ofendem e desejam que os pais gostem menos deles.
Por vezes os pais não sabem como agir nestas situações, é importante que a criança sinta que os pais compreendem aquilo que ela sente e que a ajudem a enfrentar a situação, sendo eles um exemplo para a criança, os pais não se podem esquecer que o ciúme nestas circunstâncias é um sentimento inevitável e que apesar do sofrimento que causa à criança, é um sentimento importante para o seu desenvolvimento psíquico., deve ser falado e lidado abertamente pela família. 
As crianças que não aprendem a gerir os seus sentimentos tornam-se crianças demasiado dependentes, é fundamental que os pais desde cedo conversem com as crianças sobre os seus sentimentos, as emoções que as crianças experimentam em diferentes episódios, de modo a que elas próprias aprendam a reconhecer e lidar com aquilo que sentem.
É importante elogiar a criança e evidenciar as suas qualidades, mostrar as diferenças entre ela e os outros, assim auxiliam a criança a identificar-se com ela mesma, transformar estas experiências em aprendizagens que serão deveras úteis na vida da criança.

A chave muitas vezes está no diálogo, conversar com o seu filho nunca é demais.

14 janeiro 2011

Dislexia

Cerca de 5% das crianças portuguesas são afectadas pela dislexia, conclui um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Foram testadas 1460 crianças dos distritos de Vila Real e Braga e destas 5,4% demonstraram prevalência da dislexia, corporizada por dificuldades em ler e escrever, problemas de velocidade de processamento e défices de memória verbal. A dislexia não tem cura, mas as suas manifestações podem ser atenuadas ou até mesmo suprimidas pela reeducação.
É uma problemática caracterizada por uma perturbação da linguagem que se manifesta na dificuldade de aprendizagem da leitura e da escrita, em consequência de atrasos de maturação que afectam o estabelecimento de ligações espacio-temporais, a área motora, a capacidade de discriminação perceptivo-espacial, os processos simbólicos, a atenção, a capacidade numérica e ou a competência social e pessoal.
(Torres & Fernandez)
Esteja atento aos sintomas mais comuns:
Pré-disléxicos (4/6 anos)
- Alterações ao nível da linguagem;
- Atraso na estrutura e conhecimento do esquema corporal;
- Dificuldade para os exercícios sensório-perceptivos.

Disléxicos (6/9 anos)
- Expressão pobre e dificuldade em aprender vocábulos novos;
- Alterações nas letras, sílabas e palavras;
- Falta de ritmo, lentidão, hesitações e pontuação não respeitada, respiração sincrónica, leitura sincopada e leitura mecânica não compreensível.
Os professores como intervenientes mais directos devem auxiliar.
Sugestões: 
- Atenção mais individualizada;
- Valorizar a oralidade em detrimento da escrita;
- Não penalizar os erros em demasia;
- Evitar dar textos muito longos, dar preferência a textos com linhas separadas e espaçadas;
- Fazer uma lista de erros persistentes e escolher poucas palavras para a correcção;
- Dar muito reforço positivo;
- Evitar a comparação com as outras crianças e situações em que tenha de ler em voz alta diante dos colegas.

A intervenção e reeducação é de extrema importância para o sucesso escolar dos alunos que apresentam esta problemática.

12 janeiro 2011

Homicídio de Carlos Castro pode causar curiosidade às crianças, os pais devem estar atentos.

"Quem é que matou quem?" ou "Qual deles é o mau?" são algumas das questões com que os pais se podem ver confrontados por estes dias se os filhos assistirem aos noticiários. "Não podendo colocar as crianças numa redoma, elas ouvirão as notícias e integrarão a informação no conceito de que 'existem pessoas más' ou 'existem comportamentos maus'. No fundo, o balizar do sentido ético que vem das histórias infantis", refere o Pediatra Mário Cordeiro a propósito da exposição do caso do homicídio do colunista social Carlos Castro.
Para o pediatra, as crianças devem ser acompanhadas quando assistem a notícias sobre crimes, sobretudo com a preocupação de evitar que tenham acesso a pormenores sórdidos, que devem desde logo ser evitados pelos órgãos de comunicação social. "Depende de como as notícias são dadas e isso compete a cada jornalista, editor, pensar no que seria se os filhos estivessem do outro lado do ecrã", exemplifica.
Independentemente da escolha feita pelos media, aos pais cabe "mostrarem-se disponíveis para entender inquietações ou responder a dúvidas", sempre com uma perspetiva de tranquilização. A curiosidade seria maior se o caso envolvesse alguma criança ou alguma personagem do universo do conhecimento dos mais novos, ressalva Mário Cordeiro. Ainda assim, os pais "devem estar de 'orelhas abertas' para eventuais perplexidades das crianças".

Fonte: DN Portugal por Lusa

11 janeiro 2011

O seu filho entrou este ano para a escola? Dicas para o sucesso.

A entrada para a escola é um marco importante tanto para as crianças como para os pais. O confronto com imensas novidades tanto a nível de aprendizagens como socialmente é algo a que a criança não está habituada. A educação da criança faz agora parte da cooperação entre pais e educadores, sendo esta uma relação de extrema importância para um bom desenvolvimento escolar. A atenção, compreensão e orientação dos pais nesta etapa é fundamental.

- Converse com o seu filho sobre a escola de modo simples e carinhoso;
- Explique à criança a sua rotina, deste modo ela irá  adaptando-se melhor às diferentes fases do dia;
- Faça-a perceber a importância do cumprimento de regras na escola, ao percebê-las facilmente as aceita e cumpre;
- Um sono tranquilo (9-11 horas) é essencial para que a criança acorde bem disposta;
- Momentos de brincadeira contribuem muito para o crescimento do seu filho, partilhe com ele brincadeiras regularmente;
- O diálogo é imprescindível, conhecerem aquilo que se passou com ele durante o dia na escola aproxima-os;
- Leiam histórias, o contacto com as histórias e livros facilita as aprendizagens, desperta o conhecimento e o gosto por ler;
- Incentivem à leitura, peçam para ler recados, marcas de produtos, se a criança errar digam apenas o que está escrito;
- Habituem o seu filho a colaborar nas tarefas em casa p.ex. pôr a mesa;
- Evite impor regras sem explicar as razões porque as impõe;
- Dêem autonomia, a criança deve aprender a vestir-se e tomar banho sozinha;
- Acompanhe na execução dos TPC, se a criança apresentar dúvidas não lhe dê a resposta, coloque várias alternativas, faça-a raciocinar de modo a encontrar a solução, assim adquire confiança nas suas capacidades;
- No quarto do vosso filho destinem um local para estudar outro para brincar.

A ajuda dos pais, associada ao amor e atenção que dedicam aos filhos, são a chave para o sucesso no seu processo de desenvolvimento.

Não fique à espera...



Inspire-se... viva cada dia como se fosse o último, alcance a felicidade em momentos, aprenda a gostar de si e a admirar-se tornando-se uma pessoa melhor.
A vida não espera e o tempo corre sem pausas.

05 janeiro 2011

Acha que as palmadas educam?

Este é um tema que causa demasiada polémica e onde existem diversos pontos de vista e opiniões, mas na verdade quando se fala de educação os castigos corporais não devem ter lugar.
Os educadores/pais que utilizam as palmadas e outros castigos corporais, não estão de modo algum a disciplinar mas sim a dotar a criança de medos e receios pela dor, porque ao exercer a violência física sobre a criança a única vantagem é que ela no momento irá pôr fim ao comportamento inadequado e certamente sempre que o progenitor estiver presente, mas na verdade não fez uma aprendizagem, ficou  com receio da consequência e isto não é educar nem dotar as crianças de capacidades morais. Deste modo os pais e educadores só transmitem às crianças que a violência física deve ser utilizada e aceite, mas não tomam a noção de que a criança não está a ser disciplinada, foca-se na dor física e emocionalmente é deveras destrutivo, cria  revolta  e distorce a imagem e respeito pelos pais.
Geralmente os pais que foram educados com castigos corporais têm tendência para reproduzir esse comportamento, e sobretudo os pais que o fazem é quando se encontram fora de controlo, não transmitindo nada de positivo à criança, e ao fazerem-no passam a ideia de que a criança tem de se portar bem por obrigação ou receio e não por dever. Muitos adultos que foram castigados corporalmente têm recordações desses castigos, foram marcantes pela dor e medo, na realidade recordam-se menos do porquê de terem sido castigados, ou seja, o peso do castigo corporal sobrepôs-se ao comportamento desajustado e neste sentido imperou o poder dos pais e o receio/medo da criança. O objectivo prioritário da disciplina é ensinar a criança a controlar-se sozinha, a violência não contribui para isso e deve ser sempre evitada.

Resultados da sondagem: 
Acha que as palmadas educam?
Sim -11         Não - 5       Raramente - 6       Quase sempre - 3


Não devemos ensinar as crianças a agirem com violência e nem devemos discipliná-las sem lhes darmos razões melhores e mais duradouras para assumirem a plena responsabilidade pelo seu comportamento.

04 janeiro 2011

Métodos e Técnicas de Estudo

Cada vez mais o interesse dos educadores/professores pelos hábitos e métodos de estudo é maior, pois cada vez mais é a noção de que um bom acompanhamento no processo de aprendizagem é revelador de sucesso escolar, o aluno deve se abarcar de um conjunto de instrumentos para se construir num bom formando. Existem estratégias orientadoras e procedimentos que depois de mecanizados ajudam em muito o educando no seu processo de estudo, de modo a tornar este mais eficaz.
A Motivação   para o estudo é um dos componentes mais importantes em todo o processo de aprendizagem, deste modo torna-se imprescindível que o aluno possua motivação para aprender. É muito importante que o aluno tenha plena noção dos seus objectivos enquanto estudante e reflicta sobre as atitudes e comportamentos que pretende adoptar enquanto educando, equacionando o mais adequado para manter-se motivado a fim de alcançar os seus objectivos.
Existe todo um conjunto de estratégias que auxiliam o aluno diariamente, a Planificação  diária do seu estudo, gestão do tempo e local onde estuda, elaboração de um horário de estudo,  Organização do estudo através de:
- Apontamentos, a importância da elaboração de bons apontamentos;
- Resumos, transformação de textos extensos num mais reduzido que contenha as ideias principais;
- Esquemas, vantagens na sua utilização que muitas vezes ajudam  numa compreensão melhor dos textos;
- Pesquisa de Informação, exploração de conteúdos que alarga o conhecimento.

 Todas estas estratégias,adaptadas às características de cada aluno, são indispensáveis para a obtenção de sucesso escolar.
O acompanhamento de pais e professores é essencial em todo o percurso escolar e faz toda a diferença, a disponibilidade dos educadores/professores tem um papel facilitador para o estudar para aprender. É ainda de realçar a importância da inter-relação dos contextos família-escola-comunidade como promoção do potencial do desenvolvimento de cada aluno.