11 maio 2011

Perfil de Bons Pais

Respeite os seus filhos
Aos filhos é devido o reconhecimento de uma personalidade própria. Respeitar-nos-ão mais se mostrarmos saber aceitar também o seu modo de ser naquilo que não nos agrada.
Respeite-se a si próprio
Um pai que se sacrifica a si próprio e não escuta os próprios desejos habitua os filhos a não ter limites e torna-os egocêntricos.
Dê ternura
As expressões de afecto (sorrisos, abraços, mimos) são importantes para dar aos filhos segurança sobre o seu próprio lugar na família e no mundo.
Estabeleça regras
As crianças, os adolescentes, têm necessidade de limites, de regras, que representam uma base de partida para dar sentido ao mundo que nos rodeia.
Construa o diálogo
É bom comunicar com os filhos, dando atenção à própria capacidade de escutar e de enfrentar os conflitos.
Valorize os seus filhos
Reforça a auto-estima dos filhos e dá-lhes força interior para enfrentar a vida.
Não seja demasiado permissivo
É preciso dar aos filhos liberdade de expressão, mas dentro de limites e de regras claras.
Não use violência física ou verbal
Cada gesto violento, ainda que apenas verbalmente, apaga a possibilidade de uma verdadeira relação afectiva e cria personalidades violentas ou tímidas e incapazes de se exprimir.
Conduza os seus filhos ao crescimento
Protecção, acompanhamento e alegria em pequeninos; autonomia cada vez maior e crescente responsabilização, à medida que forem crescendo.
Passe mais tempo com os seus filhos
Os pais devem “perder” mais tempo com os filhos. A frase é muito popular e de compreensão imediata. A ideia pode ser uma resposta, em tempo real, ao vazio das nossas famílias, à dificuldade dos pais em conversar com os seus filhos, à frágil e enfraquecida sociedade mais preocupada com a marca das sapatilhas dos seus filhos do que com a sua consciência.


Fonte:http://historiasparaosmaispequeninos.wordpress.com
Imagem: dicasdiarias.com

Como estragar um Filho - 10 maneiras

1. Ande com um ar deprimido;
2. Transforme a família numa caixa cheia de solidões;
3. Coloque a família sempre depois do trabalho;
4. Superproteja-o;
5. Deixe-o colado à televisão toda a tarde;
6. Recorde as "más maneiras",
7. Encha-o de lambices;
8. Tem que ser o mais bonito de todos;
9. Venda-o ao êxito desde pequenino;
10. Faça-lhe crer que a vida é um paraíso.



Os verdadeiros educadores jogam sobretudo a carta da prevenção e não a do alarmismo, este é um alerta a pais que por vezes só se dão conta de erros cometidos constantemente depois dos seus filhos crescerem.


Fonte:http://historiasparaosmaispequeninos.wordpress.com
Imagem:cotidianourbano.wordpress.com

06 maio 2011

Relação Pedagógica centrada no Aluno

A relação pedagógica é o contacto interpessoal que se gera entre os intervenientes de uma situação pedagógica e os resultados desses mesmos contactos entre eles. Num sentido lato, a relação pedagógica abrange todos os intervenientes directos e indirectos do processo pedagógico, desde professores a auxiliares, e seu impacto no desempenho escolar dos alunos. Qualquer que seja a temática a abordar relativamente à actividade escolar, vem sempre ao pensamento o papel a desempenhar pelos professores. Inicialmente o professor era essencialmente o transmissor do saber e o aluno deveria ser o receptor humilde e obediente, dado o estatuto de inferioridade etária e cultural. Hoje em dia, a escola deixou de ter apenas a função de transmitir saber e passou a incentivar a criação/recriação do saber. O professor tornou-se o organizador da aprendizagem e o estimulador do desenvolvimento cognitivo e socioafectivo do aluno. 
A escola surge assim como instituição criada para a transmissão intencional do saber considerado socialmente útil, a sua primeira função é naturalmente uma função de transmissão cultural.
A busca do sucesso na relação pedagógica assenta na tentativa de responder às necessidades individuais de todos e cada um dos alunos. As necessidades individuais podem ser relativas: a determinada faixa etária, a determinado contexto e necessidades próprias do aluno. Também as motivações e necessidades sentidas pelo aluno devem ser consideradas pelo professor, pois, dificuldades na relação pedagógica prendem-se com a discrepância entre as motivações e necessidades. O professor deve tentar caracterizar a motivação dos seus alunos de forma a tentar integrá-la nas tarefas de aprendizagem e escolher de forma adequada as opções didáctico-pedagógicas. Também em situação de aprendizagem a auto-estima do aluno pode ficar comprometida, caso seja experiênciada de forma negativa, assim, o erro deve ser entendido pelo professor como promotor de sucesso.
Sendo assim, parece importante considerar a comunicação, as expectativas e as representações pois estas têm um papel importante na gestão dos processos educativos.
Na relação pedagógica o destinatário é essencialmente o aluno, mas, não deixa de ser importante que o adulto, o professor, se assuma como um ser em construção.
Além disso, não sabendo tudo, ele é, quem na sala de aula, mais sabe. É assim que os seus alunos o vêem e é no confronto com o seu saber que eles se formam.
Há muitos alunos pré-etiquetados negativamente (como também positivamente), dada a sua proveniência social, a cor da pele, etc. Estes preconceitos sociais podem ser agravados pelos professores, quando consideram tais alunos, como tendo menos capacidades. Deste modo, os professores tenderão a solicitar mais vezes os bons alunos e a reprimir os que consideram maus alunos. A forma como a turma é gerida tem uma relação forte com a disciplina e a indisciplina, sendo esta última, uma das maiores preocupações do professor. Se a moral e a produtividade do grupo dependem do interesse suscitado pela prossecução dos fins estipulados, a inadequação dos fins propostos ou a falta de motivação dos alunos pode levar a atitudes de agressividade contra os colegas e professores. Neste sentido, actos de indisciplina são comportamentos não coincidentes com as regras consideradas necessárias ao eficaz desenvolvimento de situações escolares, regras essas definidas pela própria instituição e também pelo professor que, “ nas suas aulas”, usa frequentemente o poder de exigir os comportamentos e atitudes necessários ao seu desempenho profissional e de determinar quais deles podem ser qualificados de indisciplinados.
Relativamente às causas da indisciplina, não existe consenso, daí ser um conceito subjectivo, no entanto, apontam-se como possíveis causas o disfuncionamento familiar, a falta de valores por parte o aluno, a falta de perspectivas para o futuro, o mau relacionamento com os professores e a comunicação social. Daí a importância da adequação do currículo às necessidades e interesses dos alunos, da planificação cuidada, da variação dos estímulos e dos projectos motivadores capazes de suscitarem entusiasmo e de canalizarem a energia do grupo para a produção de trabalho e para a realização de níveis elevados de aspiração.
Por fim o meio familiar, assume um estatuto de óbvia importância para o sucesso dos alunos, sendo importante considerar o conjunto de representações e expectativas dos pais face ao aluno, face à escola e à relação escola - meio familiar. A relação do meio escolar com o meio familiar constitui um factor potenciador do sucesso ou não da relação pedagógica. É importante que as crianças sintam que os pais se interessam em contactar a escola regularmente e não só quando algo corre menos bem, isto pode ser factor promotor de motivação e sucesso. A comunicação com os pais deve: iniciar-se o mais cedo possível, ser regular, deve ser assente numa atitude positiva, ou seja, que valorize mais as competências do que os insucessos e deve evitar a utilização da linguagem técnica da escola.
A capacidade de se conseguir responder com sucesso às diferentes necessidades de diferentes indivíduos, oriundos de diferentes contextos e famílias através de diferentes professores e com diferentes procedimentos será, o maior e eterno desafio de um sistema educativo. No entanto, e sem pessimismo, tememos por vezes que, como alguém dizia, diferenciação em pedagogia seja algo de que todos falam, alguns sabem o que é, poucos praticam!!!