19 abril 2011

Desenvolvimento Infantil - Importância da Estimulação

O modo como a criança desenvolve a sua pessoa, ou seja, como se organiza e como elabora as acções e trocas com o meio que a rodeia, está dependente de dois aspectos, potecialidades e processos predeterminados. As potencialidades, ou seja, o conjunto das capacidades que se revelam através das interacções e inter-relações do sujeito com o seu ambiente, e os processos predeterminados, que estão imediatamente operacionais, tal como, a sucção, porém outros, como a preensão, estão programados no seu desenvolvimento temporal. Estes dois aspectos encontram-se interligados, visto que a expressão das potencialidades depende do modo como se vão desenvolver os processos que permitem que a criança aja sobre o meio.
Todo o desenvolvimento a que a criança se vai submeter irá se exprimir num ambiente particular, o da família. Neste sentido, tudo aquilo que se vai suceder está de certa forma dependente do contexto familiar. Portanto, a qualidade das relações que a criança experimenta neste ambiente adquirem uma importância notável. São estas relações que serviram como modelo das posteriores aprendizagens da criança. 
A primeira infância é das fases mais críticas e vulneráveis no desenvolvimento de qualquer criança, é nesta altura que se estabelecem as bases para o desenvolvimento intelectual, emocional e moral.           
Por volta dos 4 anos a criança encontra-se no pré-escolar, é aqui que a criança desenvolve desde o vocabulário, à coordenação, pensamento intelectual e capacidades de relacionamento. O treino da motricidade fina é fundamental, pois é a aquisição de habilidades motoras que promovem a exploração tanto do espaço como dos objectos, proporcionando à criança aprender as características dos objectos e as suas relações com o ambiente. Esta motricidade é fundamental para o desenvolvimento de aprendizagens como a escrita, destreza manual, entre outras. É esperado que a criança com esta idade já consiga desenhar uma cruz, virar as páginas de um livro e segurar correctamente num lápis.
A nível cognitivo, nesta idade, a criança através do uso simbólico da linguagem e da resolução intuitiva de problemas, começa a compreender a classificação dos objectos, apesar disso o pensamento da criança é caracterizado pelo egocentrismo, a criança centra-se num único aspecto de uma tarefa, não conseguindo operacionalizar através da compensação ou reversibilidade.  
Quanto à linguagem, esta é agora capaz de acompanhar as ideias mais complexas, conduzindo a novas ideias. Nesta idade a criança ainda está a aperfeiçoar os vários sistemas linguísticos, tais como os pronomes, os verbos auxiliares e irregulares e a voz passiva, ainda comete alguns erros lógicos como “Aquele é o mais melhor”, de qualquer modo a criança ao iniciar a sua vida escolar, a utilização da linguagem é de forma geral correcta e os tipos básicos de frases que usa são de um modo global semelhantes aos dos adultos.
A percepção visual, capacidade de cada indivíduo em captar os pormenores visuais, é importante não só para as crianças como para todos, abarca não só a habilidade visual como também a memória, raciocínio, atenção, estratégia de resolução de problemas e conceitos específicos, assim facilita o processo de interacção do indivíduo com o seu meio e contribui significativamente para uma compreensão mais concreta do que o rodeia. 
Outra área de grande relevância em todo este processo de desenvolvimento é a socialização e a autonomia. É nesta idade que a criança começa a desenvolver a competência social e as suas relações mais fortes de interacção com os pares, deixa de ocorrer a chamada brincadeira paralela, em que se encontram lado a lado com outra criança a brincar com os mesmo materiais, mas não interagem. Deste modo, começam a criar relações de amizade, ou seja, começam a interagir e a criar uma associação íntima com o outro. O desenvolvimento da competência social nestas idades é bastante relevante, fornece suporte e autoconfiança à criança.
No que diz respeito ao processo de autonomia, este desenvolve-se em estreita união não só com o contexto familiar, sendo este o primordial, como também com o contexto social constituído por diversos indivíduos e pela estrutura social alargada em que a criança cresce.
À medida que as crianças vão crescendo estas passam por diversos estádios de desenvolvimento. Cada um deles dá à criança os fundamentos da inteligência, da moral, da saúde emocional e das competências escolares. Para cada estádio são necessários determinados requisitos e experiências, isto para que a criança consiga aprender e se desenvolver, deste modo são imprescindíveis as interacções que a criança estabelece ao longo destes estádios.
A criança na idade pré-escolar necessita de uma variedade de experiências que se mostram essenciais para sustentar o seu desenvolvimento. Cada criança adquire as suas experiências de acordo com o seu ritmo de aprendizagem e desenvolvimento, neste sentido não é aconselhável nem desejável apressar a criança para determinadas aquisições. Além disto, devemos ter em consideração que dentro do próprio desenvolvimento de cada criança as suas competências motoras, cognitivas, emocionais, sociais e de linguagem, se podem desenvolver em ritmos diferentes. Deste modo devemos não apressar mas sim ajudar a criança a ultrapassar as dificuldades e promover um crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Disciplinar as crianças é essencial, isto para que elas se sintam confiantes na sua motivação própria. À medida que a criança cresce, ela reconheça o que faz mal, as consequências desses actos praticados e o modo de os reparar. Neste sentido, torna-se relevante o papel da auto-estima, uma criança disciplinada tem uma maior noção do seu papel. A criança que acredita em si própria enfrenta melhor os seus erros e as suas fraquezas.

    É essencial  reforçar a autonomia e independência para que desse modo a criança se desenvolva e cresça ao seu ritmo, contudo de maneira saudável.

Imagem: sfsites.blogspot.com
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14 abril 2011

Crianças difíceis vs Cérebros diferentes

Um novo estudo publicado no American Journal of Psychiatry mostra que os adolescentes que sofrem de transtorno de conduta apresentam uma estrutura cerebral diferente, que pode estar associada aos seus problemas de comportamento. O transtorno de conduta é uma doença psiquiátrica caracterizada por aumento de comportamento agressivo e anti-social. Esta doença pode desenvolver-se na infância ou na adolescência e os afectados estão sob maior risco de desenvolverem problemas de saúde mental e física na idade adulta.
Para este estudo, os neurocientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, contaram com a participação de 65 rapazes adolescentes com transtorno de conduta e 27 rapazes adolescentes sem sintomas deste distúrbio de comportamento. Todos eles foram submetidos a uma ressonância magnética para medir o tamanho de determinadas regiões específicas do cérebro.
O estudo revelou que a amígdala e a ínsula — regiões do cérebro que contribuem para a percepção da emoção, empatia e reconhecimento de quando outras pessoas estão em perigo — eram muito menores nos adolescentes que apresentavam comportamento anti-social, em comparação com os adolescentes que não apresentavam este desvio de comportamento. Estas alterações estavam presentes nos transtornos de conduta com início na infância e na adolescência. Além disso, verificou-se também que quanto mais graves eram os problemas de comportamento, menor era o volume da ínsula.
Um menor volume das estruturas do cérebro envolvidas no comportamento emocional tem sido associado ao aparecimento do transtorno de conduta na infância. Alguns investigadores defendiam que a manifestação do transtorno de conduta com início na adolescência era causada apenas pela imitação do mau comportamento de outras pessoas. Contudo, os resultados agora divulgados não apoiam esta teoria e sugerem que existe uma base neurológica para estas doenças, quer elas tenham início na infância ou na adolescência.
O líder do estudo, Ian Goodyer, revelou em comunicado de imprensa que as «alterações no volume de substância cinzenta nestas áreas do cérebro poderiam explicar por que é que os adolescentes com transtorno de conduta têm dificuldades em reconhecer as emoções nos outros. São necessários mais estudos para investigar se estas mudanças na estrutura do cérebro são uma causa ou uma consequência da desordem». «Esperamos que nossos resultados possam contribuir para estratégias psicossociais que permitam a detecção de crianças com alto risco de desenvolverem comportamentos anti-sociais», acrescentou ainda o investigador.

Fonte: http://www.paisefilhos.pt 

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11 abril 2011

"Sê a mudança que desejas ver no mundo"



 AMAR, EDUCAR, DESEJAR, ACREDITAR...aquilo que ambicionamos para os nossos filhos, a força que nos move na vontade de um Mundo melhor. Não basta querer, é preciso que haja mudança, essa mudança está em cada um de nós, sem esperar pelo amanhã, mas sim fazendo a diferença já hoje.


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A importância do Brincar


O Brincar é um importante instrumento de desenvolvimento para a criança, constitui uma fonte de descoberta onde as crianças experimentam através da imaginação diversos comportamentos e emoções.Brincar nunca é de mais, quanto mais e melhor brincam,  melhor se conhecem a si próprias.

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08 abril 2011

Motivação

A Motivação é considerada uma das componentes mais importantes da aprendizagem e realização. Para os pais este é um tema  imprescindível, pois na infância as crianças movem-se essencialmente por aquilo que as motiva. Deste modo, o segredo está em conseguir conciliar o desenvolvimento da motivação intrínseca/interior da criança  com o apoio da motivação extrínseca/externa (avaliação dos adultos, elogios, incentivos). Para isto, a participação e interesse dos pais/educadores é fundamental, além do factor emocional (afectos) que deve estar sempre presente, uma vez que é fonte de motivação.
A motivação deve receber especial atenção e ser mais ponderada pelas pessoas que apresentam maior vínculo com a criança, neste sentido não só estas têm uma maior influência como também um maior conhecimento da criança, conseguindo-se assim melhores desempenhos naquilo que é pretendido. Na criança a motivação é maior quanto maior o reconhecimento e maiores as conquistas alcançadas. A motivação é um alento para a aprendizagem, a socialização, os afectos, a participação, a conquista, a defesa, é algo essencial para atingirmos objectivos e superarmos obstáculos. Pais, educadores e especialistas que lidam com crianças devem reconhecer que a construção motivacional na infância, tal como a autopercepção e o hábito de desenvolver a motivação intrínseca, é fundamental para a criança aprender a gerar motivação em si,  o que consequentemente no futuro irá reduzir a necessidade de procurar motivação extrínseca para alcançar desempenhos desejados.

Gerar motivação:
- Incentivar, dependendo da tarefa, atenção ao fazê-lo antes ou depois;
- Dar responsabilidades, enquadrar as crianças nas tarefas da família;
- Estabelecer metas claras e realistas, ser especifíco naquilo que se espera da criança;
- Envolver, informar daquilo que se irá fazer, explicar e conversar antecipadamente.

Motivar para o sucesso pressupõe interesse, investimento,
disponibilidade, vontade, competência e envolvimento.


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