05 janeiro 2011

Acha que as palmadas educam?

Este é um tema que causa demasiada polémica e onde existem diversos pontos de vista e opiniões, mas na verdade quando se fala de educação os castigos corporais não devem ter lugar.
Os educadores/pais que utilizam as palmadas e outros castigos corporais, não estão de modo algum a disciplinar mas sim a dotar a criança de medos e receios pela dor, porque ao exercer a violência física sobre a criança a única vantagem é que ela no momento irá pôr fim ao comportamento inadequado e certamente sempre que o progenitor estiver presente, mas na verdade não fez uma aprendizagem, ficou  com receio da consequência e isto não é educar nem dotar as crianças de capacidades morais. Deste modo os pais e educadores só transmitem às crianças que a violência física deve ser utilizada e aceite, mas não tomam a noção de que a criança não está a ser disciplinada, foca-se na dor física e emocionalmente é deveras destrutivo, cria  revolta  e distorce a imagem e respeito pelos pais.
Geralmente os pais que foram educados com castigos corporais têm tendência para reproduzir esse comportamento, e sobretudo os pais que o fazem é quando se encontram fora de controlo, não transmitindo nada de positivo à criança, e ao fazerem-no passam a ideia de que a criança tem de se portar bem por obrigação ou receio e não por dever. Muitos adultos que foram castigados corporalmente têm recordações desses castigos, foram marcantes pela dor e medo, na realidade recordam-se menos do porquê de terem sido castigados, ou seja, o peso do castigo corporal sobrepôs-se ao comportamento desajustado e neste sentido imperou o poder dos pais e o receio/medo da criança. O objectivo prioritário da disciplina é ensinar a criança a controlar-se sozinha, a violência não contribui para isso e deve ser sempre evitada.

Resultados da sondagem: 
Acha que as palmadas educam?
Sim -11         Não - 5       Raramente - 6       Quase sempre - 3


Não devemos ensinar as crianças a agirem com violência e nem devemos discipliná-las sem lhes darmos razões melhores e mais duradouras para assumirem a plena responsabilidade pelo seu comportamento.

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